quinta-feira, 20 de agosto de 2009

ORIENTAÇÃO ESPACIAL


Orientar-se no espaço, em direção, localização e tempo. Identificar e efetuar movimentos em diferentes velocidades e trajetórias.




Todas as percepções referem-se a noções espaciais. Orientar-se no espaço, significa ver-se e ver as coisas no espaço em relação a si próprio. É dirigir-se, avaliar os movimentos e adaptá-los no espaço. É principalmente estabilizar o espaço vivido e assim situar-se e agir correspondentemente.

Entende-se por Orientação Espacial a capacidade que o indivíduo tem de situar-se e orientar-se, em relação aos objetos, as pessoas e o seu próprio corpo em um determinado espaço. É saber localizar o que está à direita ou à esquerda; à frente ou atrás; acima ou abaixo de si, ou ainda, um objeto em relação a outro. É ter noção de longe, perto, alto, baixo, longo, curto.

Portanto, para aquisição da habilidade de leitura e escrita, a criança deverá ter essas noções interiorizadas a fim de que possa perceber a seqüência das letras, uma após a outra, o ritmo melódico e harmonioso da linguagem, o ritmo das letras, ora subindo, ora descendo, ora grandes e ora pequenas.

Qual a sua importância no desenvolvimento da aprendizagem? Desde o nascimento, o indivíduo começa a se relacionar com o espaço. Isso se estabelece em função de estímulos exteroceptivos, àqueles vindos do meio onde a criança está inserida. LE BOULCH (1984), afirma que “o espaço é o primeiro lugar ocupado pelo corpo e no qual se desenvolvem os movimentos corporais. Este espaço vivido com limites suaves é objeto de uma experiência emocional intensa...” E estes movimentos corporais têm origem em diversos aspectos, entre eles os sociais e os neurológicos, que são de grande importância.


Com a necessidade de se locomover, passa a dimensionar algumas noções de espaço. Importante que a criança vivencie o engatinhar, tocando objetos, pois fortalecerá seus músculos. As noções de contraste de acima e abaixo, entre outras, passam a ser vivenciadas com o corpo de maneira espontânea na sua exploração do meio. Ao abaixar-se para pegar um objeto embaixo de uma cadeira, ou mudar de direção para apanhar outro que está às suas costas, estes contrastes vão se internalizando.


A criança vai progredindo e ampliando sua noção espacial, passando do engatinhar para a posição bi pedal, que é o andar, avançando cada vez mais na exploração do meio. Ao transpor um obstáculo encontrado, expressa seu gesto mais espontâneo com a elevação do pé. Iniciam-se neste instante, as noções de orientação espacial que vão se organizando como expressões de inteligência. A noção espacial se estrutura e se orienta através de atividades de exploração e imitação, que se processam a partir da construção do esquema corporal. E as experiências vividas incorporam na criança os dados necessários à percepção do tempo e do espaço, no domínio das relações espaciais.


Verifica-se o quanto é importante vivenciar o corpo desde o nascimento e relacionar as diferentes partes do corpo: adiante, atrás, ao lado, acima, abaixo, entre, etc. e a função simbólica que se tem para toda a vida. Estes conceitos e contrastes espaciais, vivenciados corporalmente e verbalizados pela criança antes, mas principalmente no período pré-escolar, vai se interiorizado e constituindo referências para a aprendizagem posterior no plano psicomotor e cognitivo.


Essas noções são fundamentais para a estruturação do corpo, do espaço e do tempo e por isso essencial também para as aprendizagens da leitura e da escrita. Os profissionais da Educação Infantil podem contribuir com sua experiência e olhar cuidadoso às crianças, no início do processo de alfabetização, em relação à compreensão e internalização da Orientação Espacial, um conteúdo de todas às áreas.


Como ele pode ser trabalhado no contexto escolar?


ü Uma das atividades dirigidas de maior sucesso são os jogos de roda, onde os alunos ficam sentados em roda e passando ou jogando a bola uns aos outros;


ü Andar equilibrando um livro na cabeça ou segurando um copo cheio de água ou uma colher contendo líquido;


ü Pular imitando animais;


ü Fazer gestos com as mãos acompanhando músicas infantis;


ü Abotoar e desabotoar peças do vestuário;


ü Falar um órgão da face e pedir aos alunos que o mostrem e digam qual sua função;


ü Realizar atividades com material concreto, em que as crianças possam identificar e mostrar em que parte do corpo são usados determinados objetos. Como por exemplo: boné, brinco, óculos, batom, pulseira, anel, luvas, meias etc;


ü Solicitar a um aluno que se deite sobre um papel maior que o corpo (papel de embrulho). Pedir ao outro aluno que trace o contorno da silhueta da criança que está deitada, desenhando a figura humana. Todos os alunos devem participar da atividade colocando os detalhes na silhueta, (olhos, boca, nariz, etc.).



Bibliografia:


ü http://www.educacional.com.br/projetos/edinf/esporte/conteudo_orientacao.asp

ü http://www.boechat.g12.br/index.php?link=educacao_infantil

ü http://ideiasepraticas.blogspot.com/2008/10/sugestes-para-trabalhar-linguagem-na.html

ü http://www.sinpropar.org.br/?action=read&eid=142&id=690&system=news



Um comentário:

Mai disse...

Oii
Achei seu blog meio sem querer e gostei muito pq eu também faço Pedagogia.
Se não se incomodar, estou seguindo e sempre que possível vou ler seus posts.