quinta-feira, 16 de junho de 2011

BULLYING e Tecnologias na Educação


Primeiramente sabemos que o bullying é uma violência moral. É um verbo em inglês que quer dizer intimidar, colocar apelidos, provocar, etc. Ele acontece em grupos, na escola, em grupos esportivos ou no trabalho.
            Antigamente quase não ouvíamos falar nesse tema, mais sabemos que o bullying sempre existiu, era uma coisa meio cultural e as pessoas acabavam se ajustando ou se defendendo quando as pessoas as intimidavam. Hoje em dia, com o crescer da violência, você vê, por exemplo, que fica um pouco mais gritante, que alguém está sendo acuado, alguém toma uma atitude mais violenta em reação ao bullying, por isso que tem se falado tanto e existem mais pesquisas sobre o assunto, é importante ressaltar o que se diz nas pesquisas é que são crianças que vêm de lares desestruturados, em que a violência existe. Existem três pessoas que são características do bullying. Você tem o agressor, a vítima e os espectadores. O agressor geralmente é aquele que tem a força do grupo e que acaba intimidando a outra pessoa. A vítima se acha merecedora dessa agressão. No fim ela concorda com o agressor. Se o agressor fica o tempo todo gozando dela, provocando, etc, ela acredita que ela merece aquilo porque ela não tem uma auto-estima fortalecida. Então, todos eles vêem de uma desestrutura de desenvolvimento na família. Um tem que provar que é mais forte na agressão. Existe o caso do agressor ter sido vítima e o pai e a mãe tentarem que ele revide depois, ai eles dizem para o filho ir lá, revidar e bater. Aí ele vai se colocando com força e tem a intimidação do grupo porque o grupo fica com medo de ser a próxima vítima.
Os pais têm que ficar muito atentos. Eles precisam ver quais são os relacionamentos que as crianças tem com seus pares. Então eles têm que perceber, por exemplo, se a criança não está dominando, se as outras crianças não estão com medo dele. Normalmente o pai do agressor sabe, porque sempre tem uma mãe em uma festinha que fala “seu filho bateu no meu, meu filho tem medo do seu”, ou a escola chama. Você já vai percebendo desde pequeno que a posição dele no grupo é uma posição mais agressiva. A vítima também. Normalmente os pais sabem por que ela começa a não querer ir para a escola, tirava nota boa e começa a tirar nota ruim. Porque, às vezes, a vítima pode ser o “CDF”, aquele que sabe tudo e começa a ser tão gozada por todos e ela começa a tirar nota ruim para ver se aquilo para.
Entendemos que o papel da escola é importantíssimo para ajudar as crianças, elas podem fazer trabalhos preventivos. Ter a conscientização, desde pequenas, que existem as diferenças. As crianças têm que aprender a lidar com a diversidade desde pequenos. A família não pode procurar um padrão como ser amigo só das pessoas loiras de olhos azuis. A gente tem que saber conviver com a diversidade, e também saber pedir ajuda. O que a gente vê hoje em dia são muitas crianças com celular, e ele acaba fazendo com que a reação seja imediata. A criança não precisa se preparar para tomar uma atitude. Então frente a um problema, a criança, na hora do recreio, liga para a mãe e diz que existe uma criança que está batendo nela, aí a mãe dá a resposta. Essa criança não aprendeu a lidar com o outro, não aprendeu a resolver seus próprios problemas. A gente faz isso em casa com os filhos. Ao invés de fazermos eles resolverem, você resolve por eles, então tudo fica muito dirigido na vida deles desde a infância, se ela se defendesse ela não seria vítima do bullying. A criança que tem recurso para pedir ajuda não é vítima e a que é vitima concorda com o agressor e não tem esse recurso. A escola, os pais e mesmo alguns colegas, eles tem que procurar ajuda de um orientador ou alguma psicóloga que possa ajudá-lo. Tanto a vítima quanto o agressor precisam de um tratamento psicoterápico para que resolvam seus problemas familiares e aprendam a lidar com a agressividade, e precisam de uma aceitação do grupo também, e o grupo tem que saber que pode falar, que pode estar a vontade e que não vai ser vítima.
E importante relembrar que hoje em dia os sites de relacionamentos contribuem para o aumento do bullying, através do MSN, do Orkut, twitter, facebook, blog’s e outros. A criança que é gozada ou provocada na sala de aula. Ás vezes fazem comunidades para elas e aí você tem até processos. Na Veja saiu o processo de um moço que tinha uma comunidade a seu respeito. Esse tipo de coisa vai ser cada vez mais comum, mas as pessoas têm que aprender a se defender não revidando, mas buscando seus direitos. O revide é você ser violento igual ou procurar uma vítima sua. Buscar os seus direitos é você se fortalecer, buscar a sua auto-estima. “Eu não mereço isso, estão dizendo uma coisa que eu não sou, eu não concordo com isso, eu vou buscar meus direitos”. O que a gente fala para as crianças na escola é para quando um amigo vier e te bater para não revidar e procurar uma autoridade, ou seja, a professora, um vigilante, a orientadora, alguém que possa te ajudar. Então a gente tem que ser treinado desde pequeno para procurar a ajuda certa.
Infelizmente quem sofre de bullying, é preciso ter um tratamento psicológico um auxílio e que as pessoas estejam atentas porque, às vezes, o final da história não é tão bonito. Quando a escola e os pais não percebem, você tem crianças que tentam suicídios, acabam revidando porque muitas vezes, aqueles jovens que matam outros jovens são as vítimas e não os agressores. Por que eles matam qualquer um? Porque eles acham que todos eles são responsáveis por aquilo por não terem feito nada para ajudá-los!
Temos que começar a pensar na solução para o bullying, as famílias, desde o nascimento da criança elas têm que se preocupar com a auto-estima. Favorecer a autonomia dessa criança, favorecer a independência, mostrar que ela é capaz de fazer as coisas sozinhas e criar essa criança com mais independência. O que acontece hoje em dia, ao contrário de antigamente é que elas têm acesso a muita informação, mas elas são mais tolhidas em outros aspectos, elas mantêm alguns hábitos por muito mais tempo por comodidade mesmo da família ou por falta de informação. Então, essa criança é amparada por muito mais tempo e ela acaba ficando mais dependente e ela não se sente capaz nem de resolver os seus próprios problemas.



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